sexta-feira, 8 de abril de 2011

Consternação e solidariedade

Escola deveria ser um lugar sagrado. É lá onde a gente dá os primeiros passos, cria os primeiros vínculos e aprende desde cedo a arte de conviver (no sentido de viver + com).


Nesta quinta-feira (07/04) aconteceu a tragédia na escola Tasso da Silveira, em Realengo (Rio de Janeiro). Não vou aqui detalhar a notícia porque sei que todos sabem o resultado desse massacre. Vim aqui dividir com vocês essa angústia que anda apertando meu estômago.

Tive o privilégio de estudar praticamente a vida inteira num colégio que era como uma segunda casa: o Colégio Santo Tomás de Aquino. Foram 14 anos de convivência, aprendizado e crescimento. De lá tenho as melhores lembranças da minha infância / juventude. Lá, fiz grandes amizades, pessoas com quem convivo até hoje e que certamente levarei para o resto da vida.

O carinho e o respeito eram a tônica. Professores e funcionários eram como amigos verdadeiros e a gente sabia perfeitamente dividir a brincadeira da hora séria. Respeito era a palavra.

Por coincidência estivemos lá no CSTA na noite anterior, não por um bom motivo. Era a missa de 7º dia de um filho de dois dos nossos mais queridos professores: Elenita e Sabóia. Apesar do triste motivo que nos levou lá, foi um prazer rever antigos professores que ainda nos conheciam pelo nome, funcionários que perguntavam o que estávamos fazendo da vida. É bom saber que mais de 15 anos depois que saí daquela casa, ainda sou tratada como uma pessoa de verdade e não só mais uma.

Pois sim, o que tem a ver com a tragédia do Rio? Talvez nada. Só a coincidência mesmo. Deixo aqui meu registro, carinho e solidariedade às famílias que perderam entes queridos e aos que escaparam da tragédia mas não do trauma de vivenciar momentos tão chocantes. Incluo-me ainda nos 190 milhões de feridos que sentem-se dilacerados com tamanha brutalidade. Acho que este é um momento de reflexão, de parar e pensar em que mundo vivemos e que mundo deixaremos para nossos filhos e netos.

Queria muito que todos tivessem a mesma saudade e os melhores sentimentos dos momentos de escola que eu. É, sou uma privilegiada.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Inquieta por natureza

Certa vez, quando bem pequena, perguntaram o que eu queria seru quando crescer. Respondi: Mãe e médica.

A Medicina desisti. Descobri que não tinha vocação para tal. Logo me apaixonei pelo Jornalismo.
Depois que comecei a me entender por gente, sempre achei que queria ser repórter.

O Jornalismo me faz uma pessoa melhor, conheço muita gente e histórias interessantes.

E hoje, no Dia do Jornalista, reproduzo aqui um texto assinado pela querida e competente Mariana Marques para a AD2M sobre o tema. Super me encaixei. Dá só uma olhada:

Dia do Inquieto


Inquieto é quem não se conforma, quem bate o pé, quem vai atrás, quem não se contenta com o mais ou menos. Inquieto é quem termina um dia pra ver o resultado do trabalho durar apenas mais um. E mesmo assim vale a pena. 

Inquieto questiona, inclusive se a sua própria escolha foi certa ou não. Mas no outro dia o inquieto acorda querendo fazer diferente, o melhor texto, a melhor pesquisa, a manchete, um furo que emplaca: uma capa. 

Inquieto é apaixonado. E hoje é o dia do Inquieto.

Nossa homenagem vai pra você, sempre inconformado por não haver resposta pra tudo. E, por causa disso, todo dia tenta fazer diferente.

Feliz dia do Jornalista. É o que a AD2M deseja pra você.