segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Emoção pura

Ah se eu pudesse parar o tempo agora... Como não posso, irei eternizar este momento em palavras. Cheguei em casa agora, em plena segunda-feira e Glorinha me chamou para ouvir com ela um MP3 de músicas antigas do Roberto Carlos, cantor que, com ela, aprendi a gostar.

Canções sobre mulheres, amores, religiosas... Coisas da vida que tanto nos tocam.

Obrigada, mãe, por este momento...

Eis aqui no vídeo uma das músicas que ouvimos juntas neste começo de noite de segunda-feira relembrando histórias do vovô, nossa grande saudade na vida.


domingo, 28 de novembro de 2010

Saudade

"Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, 'saudade', só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim 'solitas, solitatis' (solidão), na forma arcaica de 'soedade, soidade e suidade' e sob influência de 'saúde' e saudar'.

Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim 'solitáte', solidão.

Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está diretamente ligada à tradição marítima lusitana."

Mas e quando nenhuma palavra nem expressão consegue verbalizar o que a gente sente? Pois é. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sobre contos de fadas

Na última semana, a imprensa do mundo inteiro noticiou o noivado do Príncipe William com Kate Middleton. A história do conto de fadas em que plebeias viram princesas parece ter encantado novamente corações românticos de todo o mundo.

Kate, mera mortal, da noite para o dia passou a ser referência no mundo inteiro. O buchicho em torno de sua vida, o vestido que usou no dia do anúncio, até por não estar de unha pintada e, claro, o anel de noivado que recebeu do Príncipe William viraram assunto em diversas rodas de conversas.

Mais do que o valor em dinheiro da joia, o anel passou a ter um valor sentimental ainda maior. Foi o mesmo que a Princesa Diana, morta em 1997, recebeu de Charles (pais de William). Dizem que Harry, o filho mais novo do casal, herdou a joia da mãe mas, ao saber do noivado do irmão, doou a preciosidade de família.

A joia com Kate, em detalhe e a popular brasileira

Como tudo aqui no Brasil vira produto de mercado (o colar da Helena, o brinco da Clara e, pasmem, a sandália da Dilma), o noivado real inglês também não podia ficar de fora. Por aqui já é fácil encontrar réplicas do badalado anel. Há também os famosos “genéricos”, que não têm nem o valor monetário muito menos o emocional (podem ser encontrados por 5,00 em algumas lojas populares de bijuterias). Os aneis baratinhos trazem consigo, porém, sonhos. Desejos de mulheres e meninas que ainda se encantam com contos de fadas, príncipes e finais felizes. O sonho de ser a plebeia que conquista o amor do príncipe ainda parece ser bem atual, por mais que se diga que não.

E eu digo: é bom sonhar... Deixa a vida mais leve e encantada. Quer saber, se isso te faz feliz, use sua joia imaginária (ou não) e acredite: você também faz parte da realeza. E o melhor: sem cobranças, paparazzi nem tablóides.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coisas que amo

Glorinha

Juliana

Abraão

Preto

Por do sol

Biografias

Dormir até mais tarde

Reconhecimento no trabalho

Finais de semana

Salto alto

Surpresa

Tanque cheio

Beijo roubado

Silêncio

Fim de tarde na praia

Cheiro de terra molhada

Leite Ninho

Gentileza

Parcela do 13º

Relembrar infância



Sapatilhas

Salada de frutas caseira

Dar risada

Música antiga

Chuva

Cadeira de balanço

Brinco de Argolas

Kiwi

Dirigir

Olhar o mar

Massagem

Criança educada

Jornalismo

Sushi


Encontrar dinheiro no bolso da calça

Cheiro de bebê

Pimenta

Twitter

Futebol

Doce de cajú

Canções da Alcione

Rede na varanda

Paninho nos olhos pra dormir

Havaianas

Guaramiranga

Panelada

Domingo em família


Ligação inesperada

Anéis

Viajar


Feijão mulatinho

Músicas antigas do Roberto Carlos

Unhas feitas

Escova no cabelo

Cabelo molhado

Leite Moça

Fotografia

Feriado

Internet

Recife


Lua cheia

Vaga na sombra

Conversar com velhinhos



Festa junina

Picolé de castanha da Pardal

Roupa nova

Porta-trecos

Sorvete de açaí

Lavanda Johnson

Canto dos passarinhos

Suco de maracujá

Soneca depois do almoço

Pirão

Esmalte vermelho

Dormir de conchinha

Caranguejo

Beijo no meio da noite

Rímel

Filhotes de cachorros

Virar páginas de calendário

Calça jeans

Porto de Galinhas



Chocolate com castanha

Camisa branca

Dar presente

Lençol cheiroso

Histórias de amor

Comédias românticas

Vestidos

Hidratante

Bloquinhos de anotação

Cerveja gelada

Marchinhas de carnaval

Pegadinhas do Mução

Água de côco


Canoa Quebrada

Gaveta arrumada

Chá de capim santo

E agora, Rendeira de Letras

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cinco sentidos

Nada como uma viagem para “desopilar”. Nada como uma viagem para arrancar a gente da gente mesmo, da nossa rotina, e fazer despertar em nós sentimentos que o dia a dia nos impede vivenciar. Nada como perceber os cinco sentidos numa viagem ao Maciço de Baturité.

Visão
Nada mais lindo do que o acesso ao Maciço de Baturité. A subida da serra, a partir de Baturité até Pacoti é de encher os olhos. A vegetação numa região tão próxima a Fortaleza remonta a localidades bem mais distantes que nos proporcionam viagens muito maiores e mais importantes que a viagem literal.

Pacoti


Audição
O silêncio grita. Estar longe de buzinas, telefones histéricos, campainhas e até televisão faz com que a gente se volte para dentro de si mesmo. Ter a chance de ouvir os sons da natureza (grilos, pássaros, vento nos galhos das árvores) faz-nos pensar que a nossa existência é bem mais que a correria da vida na cidade.

Paladar
Ah, o paladar... O que dizer daquela comida caseira, dos temperos simples, do alimento que parece ter outro sabor num cenário como aquele... O sentimento de ser você alguém especial, que merece ser tratada como rainha, te envaidece e ao mesmo tempo te faz refletir sobre tua existência.

Olfato
O cheiro da terra, a roupa de cama que remete à infância, o odor da natureza enchendo os pulmões de vida te “tele-transporta” para um mundo de faz de conta, onde aquela criança, ainda cheia de sonhos, volta a ter voz e vida.

Tato
Colher fruta do pé (ou no meio da estrada), poder tocar espécies de plantas tão lindas e delicadas, sentir na pele o clima ameno e a água pura num banho relaxante renova além de encher a alma da gente de beleza e paz.

domingo, 21 de novembro de 2010

Pois é

Há acontecimentos que marcam a vida da gente pra sempre.
Há pessoas que passam a ser tão importantes que a gente já não imagina mais longe...
Este domingo, 21 de novembro, pode ser para muitos mais um domingo desses entediantes, com baboseiras na TV e muita preguiça. Não pra mim.

sábado, 20 de novembro de 2010

Eu apoio

Vivemos dias de puro individualismo. Sinto que, cada vez mais, as pessoas estão voltadas para si e para seus problemas. Chegamos ao ponto de não enxergar o outro que está ao nosso lado como ser humano que também tem necessidades e direitos. Pressa, estresse, trânsito, filas não justificam tanta indiferença.

Falando em trânsito, é nas ruas onde vejo mais nitidamente este egoísmo. Ninguém dá passagem, fecham cruzamentos, buzinas prolongadas (confesso, não resisto de vez em quando). Junte-se a isso o calor, os eternos engarrafamentos e os flanelinhas com seus rodinhos e garrafinhas de detergentes em (quase) todos os cruzamentos da nossa sofrida Fortaleza. A guerra por um metro de asfalto parece vital.

Meu povo, melhore!

Como diria o “Profeta”, Gentileza gera Gentileza.

Que tal começar com pequenos gestos? Faça bem aos seus que isso logo se expandirá para os outros. Seu filho, colega de trabalho, vizinho, o motorista ao lado, o mundo agradece.

Eu apoio, e você?


Reflita: “Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo” – Shakespeare


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Carolina

Sempre que ouço esta canção do Mestre, fico emocionada. Compartilho com vocês.


Filha da Glorinha


Como falei na postagem de apresentação, a escolha do nome deste blog me consumiu tempo e dedicação. Uma das opções em que tinha pensando era batizá-lo de “Filha da Glorinha”. Penso que, nenhum outro me resumiria melhor.

Sim, antes de ser jornalista, amiga e todas as outras coisas, sou a Carol, a filha da Glorinha. Por muito tempo, esta foi a minha referência. Era assim que as pessoas me conheciam. E a Glorinha ainda exerce grande poder não só na minha vida mas também nas dos meus irmãos (Juliana e Abraão).

Pensei em homenageá-la colocando seu nome neste meu novo projeto que já virou realidade. Acabei mudando de ideia na hora de decidir porque ela sempre reclama que vive na internet sem sequer ter email. “Orkut, twitter, essas coisas aí que vocês inventam e que todo mundo fica sabendo da minha vida sem eu querer”, comenta. Ao longo desta jornada, tenho certeza de que terei diversas outras oportunidades de mostrar aqui quem é esta mulher tão guerreira e que tem um coração que não cabe dentro de si.

Eis a Glorinha

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ponto inicial

Há tempos alimentava a ideia de criar um blog. Há tempos, a vontade de compartilhar minha opinião sobre fatos e coisas me consumia.

Sempre que pensava em expressar tais opiniões, imaginava: mas quem haverá de se interessar? Mal sabia eu que dividir pensamentos era tirá-los de mim, libertá-los da prisão e deixá-los fluir.

A primeira experiência veio com o Twitter (@RealCarolCampos). Confesso que no início fiquei ressabiada com a possibilidade de falar para incontáveis pessoas, algumas até que sequer conhecia. Com o tempo, a experiência de “colocar no papel” as ideias, transformando-as em palavras, foi tomando volume. Os 140 caracteres pareceram-me um limite incômodo demais. Não, não vou abandonar o Twitter e nem tampouco exclui-lo.

Para dar conta dessa ânsia de escrever, apresento-vos o Rendeira de Letras. Fazendo parte deste processo de construção e amadurecimento da criação deste meu novo “bem-querer”, a escolha do nome foi algo quase gestacional, não pelo tempo mas pela forma que a ele me dediquei. Queria algo que tivesse a ver comigo, com poesia, beleza, criatividade e construção. Também queria que falasse das palavras, motivo principal para sua criação.

Letras são meus instrumentos de trabalho. Relembro que, ainda na UFC, cursando Jornalismo, ouvi do Professor Agostinho Gósson algo que me marcou: “Ser jornalista é escolher palavras”. E é com esmero e zelo que tenho conduzido minha vida profissional. Procurarei conservar aqui e dedicar a elas, às palavras, o mesmo carinho.

O Rendeira de Letras ainda está em processo de criação. Confesso que não sei mexer em algumas ferramentas que, certamente, o tempo me ajudará a desvendar. Aqui falarei sobre coisas que me chamam atenção sobre os mais diversos motivos. Não tenho a intenção de tornar este um espaço monotemático - muito pelo contrário. Assim como as habilidosas rendeiras cearenses, espero poder construir e tecer em palavras ideias neste espaço democrático e do bem.