quarta-feira, 22 de junho de 2011

Recordar é viver...

Faz tempo que não apareço por aqui...

Mas hoje recebi um email tão legal que senti a imensa vontade de compartilhar com vocês e, quem sabe, retomar este espaço tão valioso.

Com pouco mais de 30 anos, prestes a aumentar mais um nesta conta, tive a sorte de viver uma infância muito feliz. Brincadeiras, locais, pessoas do passado sempre têm espaço na minha vida e na minha mente. Como boa canceriana, o saudosismo é uma das minhas características.

Pois não é que este email que publico aqui encheu-me os olhos... Parece que foi ontem. E nem faz tanto tempo assim...


Fortaleza tem passado sim. Querem ver?

Você viveu ou conhece alguém que é do tempo em que...

A COBAL ficava na esquina da rua Assunção com Antonio Pompeu. E o IAPC (Isto ainda pode cair)

Vendia-se "chegadim" de porta em porta (o "veinho" passava tocando o triângulo) e "quebra-queixo", maravilha! Picolé de "ameba" de morango na praia.

O verdureiro ia de porta em porta montado no jumentinho e vendendo verduras frescas e o outro que ia montado no cavalo vendendo fígado e panelada.

Véspera do Natal ir até a Praça do Ferreira ver as vitrines das lojas todas com enfeites  natalinos era moda.

Passear de Rural

Era chique ir na Lobrás subir e descer na "primeira" escada rolante da cidade, tomar sorvete ou comer um sanduba.

Sapato "carinha de bebe", calça cocota e blusa frente única era luxo!

Tempo dos "mingaus pops" da Tatarana, Trasteveri e Santa Esmeralda.

Barzinhos: "O BEM" - "Benzinho" - pro "escorrega lá vai um", primeiro Cine Driving em Fortaleza. para o barzinho "sovaco de cobra"

Tempo em que o Circo Voador trazia show de Cazuza, Geraldo Azevedo, Ângela Rô Rô, Kid Abelha entre outros.

Início do Cais bar na Praia de Iracema;

Tempo em que a Praia de Iracema era bastante bucólica e somente 2 restôs funcionando o " La Tratoria" e o velho Estoril.

Jantares do Náutico? Lagosta a Termidor

VELEIRO? O resto "CAÇAROLA"?

Restô mais chique da cidade: "SANDRAS"?

As feijoadas do Hotel Beira Mar, o primeiro da orla

Lembra dos fuscas pretos da polícia (TETEU)?

Da velha Ponte Metálica em tempo de cai mas não cai

Tempo da Mesbla na Senador Pompeu e da Flama (Símbolo de distinção) na praça do Ferreira,

E do Mercantil São José? O primeiro supermercado do Ceará. É por isso que o cearense não faz feira, faz mercantil.

E o programa do Augusto Borges fazendo propaganda do Mercantil São José com suas Gincanas

Ir ao Recreio Clube de Campo era uma viagem com muito verde e salinas pelo caminho.

Havia o restô Toca do Coelho (seis Bocas) e Frango Dourado (no Eusébio) com seu sarapatel de frango delicioso.

E do restaurante Cirandinha em frente do comercial clube ??

Das peixadas no restô "Alfredo o Rei da Peixada" e sempre aparecia um boneco ventríloquo para divertir a gente

E o camarão do OSMAR com aquele beco bem apertadinho...

Do pequeno zoológico que havia no Parque das Crianças.

Ir a shows no Ginásio Paulo Sarasate (Rita Lee, Gilberto Gil, Fábio Jr, Elba, Ney Matogrosso, Moraes Moreira entre outros).

Ir a Jericoacoara de barco (saindo de Camocim) Jeri sem energia, sem hotel ou pousada (o povo ficava em casa de Pescador)

E Canoa Quebrada sem posadas de luxo e sem a gringolada como dona de tudo

Do bronzeador "Nude bronze" e colônia "Contourre"

Perucas "Canecalón"

Comprar "mentex" e "piper" antes de assistir filme no Cine São Luiz e Diogo

Do batom rollon sabor morango da Avon que era vendido exclusivamente na Casa Parente do Centro.

Da pizza no Jairo na Av. Santos Dumont

Ir a Feira das Flores no passeio Público (quando ainda era um ambiente familiar).

Assistir aos sábados pela TV o programa do Irapuan Lima e do Chacrinha.

Do barzinho Carbono 14.

Ir aos domingos ao aeroporto ver os aviões decolarem.

As noites de sexta e sábado na boite "Senzala" "Boeing, Boeig " no Bairro Aeroporto e o Restaurante "Caravelas"

Tempo do Edifício Avenida na esquina da Barão do Rio Branco com Duque de Caxias.

Da calça "Lee" com nesga bem larga!

Dançar agarradinho no "Noa Noa"

Namorar no barzinho Play Boy na Praia do Futuro

Usar decote canoa era alta moda.

Da revista POP

Da touquinha da Miss Lene, do vestido tomara-que-caia (que as vezes caía), blusa de elastex, ferro a carvão comprado ali perto do Zé Pinto na Bezerra de Menezes.

Comprar tamanco na TAMANCOLÂNDIA na Av. Monsenhor Tabosa, quanto mais alto mais chique

E da Vila Bachá? Alternativa para as senhoras e senhoritas comprarem seus sapatos e bolsas.

Da feirinha da Praça Portugal nas sextas-feiras, da 13 de Maio aos sábados (artesanato e comidas típicas) e da Gentilândia às quartas-feiras.

Do Jardim da Menopausa (Aquarius) na Beira-mar.

Do Barzinho "BADALO"

Das Barracas da Praia do Futuro: "sapuriu" (cruzamento do sapo com a puta que pariu), CABOLETÊ, BOLA BRANCA

Das Lojas Di Roma, Xepão, Xepinha, Carvalho Borges, Samasa, Esquisita, Ocapana e Abarana, Bel Lar, Esmeralda, sapataria Esquisita

Do quarteirão do sucesso da Dom Luis - do New York, New York

Do sorvete no Juarez.

Pastéis com caldo de Cana da Leão do Sul do centro da cidade;

Do Manoel Bofão - da panelada, do caldo, e outras iguarias

Do restaurante Pombo Cheio, próximo a Faculdade de Medicina. (UFC)

O barzinho "O PILÃO" no Morro Santa Terezinha

Do barzinho "Varanda" na Leste Oeste

Barzinho Brasil Tropical

Dos festivais da "Costa do Sol" da Tabuba

Do motel calango "chão de estrelas" - no morro da Praia do Futuro

Da farmácia do Seu Coelho na Avenida Domingos Olímpio.

Eita!

Tempo em que a Av. Sen.Virgílio Távora ainda era Av. Estados Unidos.

Do Seu Edgar na rua Antonio Pompeu que consertava tudo. Entre outras coisinhas, ele colocava "virola" nos sapatos. É o novo!

Tomar picolé da GELATI.

De gazear aulas à tarde para assistir filme no São Luiz na semana do festival de cinema.

Tomar banho de chuva nas bicas das casas.

Ir no Jumbo e comprar grapete, crush, guaraná Wilson, Taí e Cacique.

Do tamanco Dr. Sholl e do sapato cavalo de aço.

Comer no jantar "bife caron".

Tempo que "ficar" era sarrar (tirar sarro)

Tempo em que Soft era uma bala, e virou sobrenome de vereadora.

Do curso de datilografia na Praça Coração de Jesus e do Curso Andrade Lima na Av do Imperador. (Vixe!!!!)

Das revistinhas Bolota, Brotoeja, Tininha, Riquinho, Luluzinha.

Do jornal Pasquim

De assistir "A Ilha da Fantasia" nos sábados à tarde;

Os filmes: Ratos do Deserto, Missão Impossível, Os Invasores, Perdidos no Espaço, Viagem ao fundo do mar, Jeannie é um Gênio, Dallas, Bonanza, Zorro, Rin Tin Tin, Patrulheiro Rodoviário, vigilante rodoviário,

Das lambadas aos sábados no Pirata (quem tinha o vale-lambada podia dançar com os bailarinos).

Do restaurante "TACACÁ" na Beira Mar.

Do bar e restô ANIZIO,

Amanhecendo o dia vendo Irapuan Lima fazendo Cooper (ninguém merece)

Da estica para tomar caldo Deor - Iracema.

Comprar vassoura e espanador na porta de casa

Comprar no centrão pote de creme Rosa Mosqueta vindo do Paraguai.

Do grupo cearense Quinteto Agreste e os Canarinhos do Nordeste

Do Projeto Pixinguinha no Teatro José de Alencar a preço popular onde apresentaram 14 Bis, Nara Leão, Maria Alcina, Moreira da Silva entre outros.

No Natal, esperar o Papai Noel e a Turma da Mônica chegar de helicóptero no estacionamento do Shopping Iguatemi.

Inauguração das lojas Americanas no centro da cidade.

Do Zé-Tatá

Lembra dos lanterninhas?

Ir passar férias na colônia de férias do SESC em Iparana e na COFECO era tudo de bom.

Dos comerciais da Varig: "seu Cabral vinha navegando quando alguém logo foi gritando - terra a vista! E foi descoberto o Brasil, e a turma gritava: bem vindo seu Cabral! Mas Cabral sentiu no peito, uma saudade sem jeito, volto já pra Portugal, quero ir, pela VARIG, VARIG, VARIG...."

Do tempo em que o IJF (Instituto José Frota) era Assistência.

Do bar Cabaré da Pirrita na Praia de Iracema (um barzinho irreverente na época e freqüentado por políticos, intelectuais e músicos... até Ciro Gomes e Fagner davam umas voltinhas por lá.)

Assistir Tom Cavalcante fazer shows de graça na Beira Mar e Barzinhos da cidade

Das armações de óculos Cacá (cadê Cacá Cacá Cacá, tá no Boris, Boris, Boris)

Do tempo que criança usava calça enxuta (não existiam fraldas descartáveis)

As propagandas do Romcy que ficava na Br. Rio Branco com Liberato Barroso.

Após o Jornal Nacional com Sérgio Chapelen e Cid Moreira você ouvia a voz do Assis Santos dizendo: "Amanhã o barato do dia Romcy é...".he he he !!!! " Romcy é Romcy, barato todo dia"!

Surgia o Gerardo Bastos: onde um pneu é um pneu!

O Bar Carinhoso na cobertura de um edifício no centro da cidade

Dos bailes infantis de carnaval no América, Círculo Militar, Country, Líbano, Náutico Diários, BNB e Clube B-25

Do corso da Dom Manoel

Tempo das Tertúlias, e das festas no final de ano de conclusão de curso no Clube de Regatas na Barra do Ceará, íamos com o dinheiro contado, o paletó emprestado e voltávamos no primeiro verdureiro (o primeiro ônibus que levava as pessoas a feira pra comprar verdura)

Estudar OSPB e Educação Moral e Cívica. É o novo!

E a mais antiga de todas: Chupar rolete de cana que vinha fincado em uns espetinhos. (Eita !!!)

Calçar "fonabô" e sandálias de "borracha de pneu"

E as cachaças "Bagaceira", "Chave de Ouro" "Dandiz" (aquela vermelhinha)

E os cigarros Kent. Eldorado, Continental sem filtro, Dumorrier (pretinho) , Chanceler.

Limpar os tênis branco com "alvaiade" e o conga, depois veio o Kichute (é o novo)

O tri-campeonato do Ceará na década de sessenta!

A torcida do Fortaleza desesperada, destruindo o Presidente Vargas na década de setenta, após mais um campeonato ganho pelo Vovô, com golaço de Victor cobrando falta aos 44 min do 2º tempo.

A goleada de 8X2 do Palmeiras em cima do "oitaleza" (Fortaleza) na decisão da Taça Brasil de 1960.

Resumindo:

Se você é fortalezense e tiver vivido uma dessas coisas, é simplesmente porque viveu os melhores momentos da boêmia e da inocência na cidade de Fortaleza. Não se trata de que estamos "velhos e velhas", e sim de que nós tivemos o privilégio de vivermos o melhor do nosso tempo, o que infelizmente a atual juventude não teve e também não terá.

Era um tempo sem violências, ou melhor, tinha violência sim, mas era tão pouca que a gente nem ouvia falar... Que tempo bom e que lembranças gostosas... E muitas dessas coisas que estão aí, nem faz tanto tempo

Pense num lugar pai d'égua! O ano todo com um calor de rachar o quengo. 

Toda noite tem comédia e o povo é bonequeiro que só! 

Tá pra nascer quem é cearense que não é amancebado com esse lugar.

Tem é Zé prum cabra conhecer aqui e depois querer capar o gato.

Pode ser liso, estribado, vir de perto ou lá da baixa-da-égua.

Qualquer um fica arriado quando vê as praias daqui. Fica logo todo breado de areia, depois se imbioca no mar e num quer mais sair nem a pau.

Depois de conhecer a negrada, então, vixe! Se o Estado é bom assim, avalie o povo!

Tem gente de todo jeito: do fresco ao invocado, do batoré ao Galalau, dos gato réi às ispilicute, dos rabos-de-burros, do cabra-macho ao Fulerage e muitas outras marmotas. Bom que nem presta! É por isso que nas férias dá uma ruma de turista tudo doido Por uma estripulia , porque sabem que isso aqui não é de se rebolar no mato.

Só precisa dar um grau ou uma guaribada aqui ou ali, mas, mesmo assim, tá de  parabéns.

Arre égua, ô corra linda, macho, o Estado do Ceará!!!

Um abraço a todos os cearenses cabra da Peste.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Consternação e solidariedade

Escola deveria ser um lugar sagrado. É lá onde a gente dá os primeiros passos, cria os primeiros vínculos e aprende desde cedo a arte de conviver (no sentido de viver + com).


Nesta quinta-feira (07/04) aconteceu a tragédia na escola Tasso da Silveira, em Realengo (Rio de Janeiro). Não vou aqui detalhar a notícia porque sei que todos sabem o resultado desse massacre. Vim aqui dividir com vocês essa angústia que anda apertando meu estômago.

Tive o privilégio de estudar praticamente a vida inteira num colégio que era como uma segunda casa: o Colégio Santo Tomás de Aquino. Foram 14 anos de convivência, aprendizado e crescimento. De lá tenho as melhores lembranças da minha infância / juventude. Lá, fiz grandes amizades, pessoas com quem convivo até hoje e que certamente levarei para o resto da vida.

O carinho e o respeito eram a tônica. Professores e funcionários eram como amigos verdadeiros e a gente sabia perfeitamente dividir a brincadeira da hora séria. Respeito era a palavra.

Por coincidência estivemos lá no CSTA na noite anterior, não por um bom motivo. Era a missa de 7º dia de um filho de dois dos nossos mais queridos professores: Elenita e Sabóia. Apesar do triste motivo que nos levou lá, foi um prazer rever antigos professores que ainda nos conheciam pelo nome, funcionários que perguntavam o que estávamos fazendo da vida. É bom saber que mais de 15 anos depois que saí daquela casa, ainda sou tratada como uma pessoa de verdade e não só mais uma.

Pois sim, o que tem a ver com a tragédia do Rio? Talvez nada. Só a coincidência mesmo. Deixo aqui meu registro, carinho e solidariedade às famílias que perderam entes queridos e aos que escaparam da tragédia mas não do trauma de vivenciar momentos tão chocantes. Incluo-me ainda nos 190 milhões de feridos que sentem-se dilacerados com tamanha brutalidade. Acho que este é um momento de reflexão, de parar e pensar em que mundo vivemos e que mundo deixaremos para nossos filhos e netos.

Queria muito que todos tivessem a mesma saudade e os melhores sentimentos dos momentos de escola que eu. É, sou uma privilegiada.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Inquieta por natureza

Certa vez, quando bem pequena, perguntaram o que eu queria seru quando crescer. Respondi: Mãe e médica.

A Medicina desisti. Descobri que não tinha vocação para tal. Logo me apaixonei pelo Jornalismo.
Depois que comecei a me entender por gente, sempre achei que queria ser repórter.

O Jornalismo me faz uma pessoa melhor, conheço muita gente e histórias interessantes.

E hoje, no Dia do Jornalista, reproduzo aqui um texto assinado pela querida e competente Mariana Marques para a AD2M sobre o tema. Super me encaixei. Dá só uma olhada:

Dia do Inquieto


Inquieto é quem não se conforma, quem bate o pé, quem vai atrás, quem não se contenta com o mais ou menos. Inquieto é quem termina um dia pra ver o resultado do trabalho durar apenas mais um. E mesmo assim vale a pena. 

Inquieto questiona, inclusive se a sua própria escolha foi certa ou não. Mas no outro dia o inquieto acorda querendo fazer diferente, o melhor texto, a melhor pesquisa, a manchete, um furo que emplaca: uma capa. 

Inquieto é apaixonado. E hoje é o dia do Inquieto.

Nossa homenagem vai pra você, sempre inconformado por não haver resposta pra tudo. E, por causa disso, todo dia tenta fazer diferente.

Feliz dia do Jornalista. É o que a AD2M deseja pra você.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Gilse Cosenza, uma pequena grande mulher!

Desde criança, sempre soube que seria jornalista. Apesar de todas as questões contra da profissão, amo o que faço e sinto-me realizada. O Jornalismo proporcionou-me conhecer muitas pessoas interessantes, com histórias incríveis! E o PCdoB, especialmente, abriu as portas para que eu pudesse conhecer, conversar e repassar para incontáveis pessoas essas tão ricas histórias. Quer sejam políticos ou pessoas simples do povo, há sempre um personagem com uma trejetória memorável pra ser registrada.

Semana passada, tive a honra e o privilégio de conhecer mais uma dessas pessoas que carregarei pra sempre comigo. Gilse Cosenza é mineira mas construiu aqui no Ceará parte de sua impressionante história. Fiquei muito emocionada com tudo que ela passou. Foi uma noite difícil e memorável. Traduzir esta emoção foi também outro desafio. Gilse é admirável por muitos fatores: mulher, mãe, militante, defensora do povo. Dá uma olhada aqui o motivo da minha emoção.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Padroeiro do Ceará

Neste sábado o Ceará exalta São José, seu padroeiro.
Fora a tradição que se não chover até este dia não haverá inverno, o que mais me lembra esta data é a música desta figura que eu dou maior valor: Tiririca!

"Zé sim, mamãe... Zezim sim, mamãe..." Adoro!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pra martar a saudade

Pra o blog não ficar tão abandonado, compartilho com vocês esta relíquia de vídeo.
Nela, uma pessoa filmou e registrou alguns locais de Fortaleza em 1990, há exatos 21 anos e cinco meses. Vale a pena ver e matar a saudade.

O Iguatemi, a Unifor, o Shopping Aldeota, a Dom Luis, a Beira Mar. Reparem nos carros, as roupas, os cabelos, as lojas. Confira e encha o coração de saudade:

Visita

Ando meio sem cabeça pra colocar coisas legais por aqui. Tô triste, chateada, insosa e frágil...
Vim fazer uma visita e dizer a vocês, queridas companhias, que não os (as) esqueci.
Assim que as coisas melhorarem, volto a deixar aqui minhas impressões das últimas.

Beijos virtuais em todos (as)

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Simplicidade de Um Rei

Já falei sobre o Roberto Carlos aqui. Pra dizer a verdade, nem sei como eu comecei a gostar dele e nem por que. Só sei que o Roberto Carlos é dessas pessoas que paro pra ver na TV, gosto de ouvir e admiro demais. Acompanho os especiais de final de ano, sempre que dá vou aos shows e curto as músicas dele (principalmente as antigas).

Pois o Rei Roberto Carlos foi o enredo este ano da escola de samba carioca Beija-Flor este ano. Não sei se a escola merecia o título (só vi o compacto). Sou partidária mesmo e, pra mim, o Salgueiro foi a mais bonita, apesar de todos os imprevistos e punições. O que sei é que o Roberto merece sim esta homenagem. Imagino a emoção de ver sua vida contada na avenida com milhares de pessoas cantando uma música dedicada a você. E ainda ter o final feliz com a consagração.

Eis aqui o vídeo do compacto da Campeã do Carnaval Carioca de 2011

 

domingo, 6 de março de 2011

A lindeza da Dona Zabé

Quem me conhece um pouco melhor, sabe da minha paixão por velhinhos (as). Quando vejo algum deles andando por aí, dá logo vontade de parar, pedir abraço e conversar horas...

Outra coisa que também me enche a alma é a cultura nordestina. Sou bairrista mesmo e ver a tradição se fixando cada vez mais com o passar do tempo, dá um orgulho danado.

Pois na manhã deste domingo de carnaval (06/03) acordei mais cedo que o normal para um final de semana e vi esta bela matéria reprisada pelo Globo Rural (programa que nunca assisto).

Dona Zabé é uma lindeza só. Josivane, a moça que cuida dela, traz no olhar a doçura de quem tem a honra que conviver com pessoas tão sábias quanto Dona Zabé.

História, tradição, superação, exemplo!

Se tiver um tempinho, dá uma olhada nesse vídeo. Vale a pena!


quarta-feira, 2 de março de 2011

Publicidade, paradigmas e fortuna

Nos dois últimos dias dois fatos mexeram com o mundo da publicidade brasileira. Primeiro, a cantora certinha Sandy tenta aparecer de sensual para propaganda da cerveja Devassa. Não consegue. Depois, o baiano Bell Marques vira garoto propaganda da Gillete e tira a barba que, durante 30 anos, junto com sua bandana e cabelo comprido, foi sua marca.

Em comum, milhares de reais em pagamento para os artistas. Dizem que o cachê da sem sal foi em torno de um milhão de reais enquanto o do chicleteiro foi o dobro.

Se o objetivo das campanhas tiver sido estar na boca do povo, causar tititi, ok. Já o resultado... Oremos! 



Por R$ 2 milhões, até eu!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eco

Não sou muito de mensagens de otimismo. Acho que cada pessoa deve encontrar o  próprio caminho para seguir bem essa trilha complicada - e ao mesmo tempo tão simples - que é a vida. Mas recebi a indicação da amga Sínthia deste texto. A mensagem é realmente muito bonita e deixa uma fresta aberta para a meditação.

Compartilho com vocês:

Eco da Vida
   
    Um pequeno garoto e seu pai caminhavam pelas montanhas.
    De repente o garoto cai, se machuca e grita:
    - Aai!!!
    Para sua surpresa escuta a voz  se repetir em algum lugar da montanha:
    - Aai!!!
    Curioso pergunta: - Quem é você?
    Recebe como resposta: - Quem é você?
    Contrariado grita: - Seu covarde!!!
    Escuta como resposta: - Seu covarde!!!
    Olha para o pai e pergunta aflito: - O que é isso?
    O pai sorri e fala: - Meu filho, preste atenção!!!
    Então o pai grita em direção a montanha: - Eu admiro você!

    A voz responde: - Eu admiro você!
    De novo o homem grita: - Você é um campeão!
    A voz responde: - Você é um campeão!
    O garoto fica espantado sem entender nada.
    Então o pai explica:
    As pessoas chamam isso de Eco , mas na verdade isso é a vida.
    Ela lhe dá de volta tudo que você diz ou faz.
    Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas ações.
    Se você quer mais amor no mundo, crie mais amor no seu coração.
    Se você quer mais responsabilidade da sua equipe, desenvolva a sua responsabilidade.
    Se você quer mais tolerância das pessoas, seja mais tolerante.
    Se você quer mais alegria no mundo, seja mais alegre.
    Tanto no plano pessoal quanto no profissional, a vida vai lhe dar de volta o que você deu a ela.

    Sua vida não pe uma coincidência;
    Sua vida  é a consequência de você mesmo (a)! 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pra animar

Depois de uma sequência de posts melancólicos, acho que tá na hora de animar isso aqui...
Nas vésperas do Carnaval, divido com vocês uma das músicas que mais me animam, interpretada pelo eletrizante Monobloco. Animação, minha gente!!

Dona Luiza, uma grande mulher!


Saudade desse olhar...
 Há quem diga que o Jornalismo é uma profissão glamourosa. Eu discordo! Para mim, é uma como outra qualquer. Talvez a diferença esteja nas oportunidades que ela te oferece. Dificilmente há rotina, além de você ter a chance de conhecer muitas pessoas e diversas histórias.

E foi numa dessas que conheci Dona Luiza. Uma perfeita combinação de doçura e força. Dona Luiza era mãe do guerrilheiro Bergson Gurjão Farias, assassinado brutalmente durante a Guerrilha do Araguaia. Por quase 40 anos ela manteve firme a esperança de reencontrar o filho, vivo ou morto.

37 anos depois de sua partida misteriosa, Bergson foi identificado e seus restos mortais foram sepultados no Ceará, com honras de Estado, “junto com o pai dele, o Gessiner”, fazia questão de ratificar. Ministros, parlamentares, amigos prestigiaram o dia histórico e as homenagens que a família de Bergson recebeu foram emocionantes.

Quem me conhece bem sabe do meu carinho por velhinhos (as)... Dona Luiza foi amor a primeira vista! Já no primeiro encontro, pedi abraço, tivemos longas conversas e retribuição de carinho. Foram muitos os momentos em que nos encontramos depois daquela primeira entrevista. E sempre ela me recebia extremamente amável. Passei a ligar pra ela quase toda semana e a resposta era sempre carinhosa. Dona Luiza, a senhora sabe quem está falando? E ela respondia: É a Carol, né?

Há um ano Dona Luiza nos deixou. Mas seu legado ficou no coração das pessoas que tiveram o privilégio de conviver com essa mulher lutadora, guerreira, persistente, doce, alegre, ativa, cheia de esperança, exemplo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E por falar em saudade...

Uma década. Dez anos de ausência. Nesta sexta-feira, dia 18 de fevereiro, é dia de lembrar de maneira mais forte de Anatália de Abreu Campos. Há exatos dez anos, a vovó nos deixou. De lá pra cá, muita coisa aconteceu... Formatura, casamento, separação, trabalhos, conquistas, desafios e alegrias. Mas também muita, muita saudade!

A vovó era dessas mulheres fortes. Ás vezes vejo a presidenta Dilma e me assusto com tanta semelhança – tanto física, quanto de postura. Mas antes de tudo, a vovó era uma mulher com um coração enorme e uma grande visionária.



Há uns anos, quando a vovó ainda era viva, um texto da Tia Glaucia foi publicado no Jornal O Povo. Pra mim – e pra quem teve a honra de conviver com ela – traduz bem sua história de fibra.

O lindo sonho de Isolda

Tive a sorte de ser amiga de uma jovem chamada Isolda, que vivia no interior do Ceará, em um pequeno sítio denominado Jenipapo, área serrana de Maranguape. Todos admiravam Isolda por seu caráter forte e pela determinação em realizar seus sonhos. Casou-se cedo, com Antônio, com quem teve três filhos: Elizabete, Júnior e Luísa. Isolda desdobrava-se cuidando dos afazeres domésticos ajudando o marido na pequena mercearia e buscando dar a melhor educação para os filhos.

Ao mesmo tempo, exercitando um talento nato para artes manuais contribuía para a renda da família dedicando-se à produção de bordados, costuras e pinturas em tecidos. Mais tarde, Isolda teria seu próprio negócio. Minha amiga parecia ser feita de ferro. Não se cansava nunca e, aos olhos dos demais, era como se seu dia fosse mais longo e produtivo.

Os dias foram passando e os filhos de Isolda e Antônio já estudavam na escolinha que funcionava na casa dos pais dela, sítio Deus-me-livre. O sacrifício era grande. O trajeto – cerca de 4 km – era feito a pé ou, eventualmente, no lombo de animais. A filha mais velha se responsabilizava pelos irmãos mais novos, sob mil recomendações de cuidados.

Com o tempo, a escolinha rural já não atendia as necessidades de estudo de seus filhos. Um dia, presenciei Isolda falando para o marido: “Antônio, temos de mandar esses nossos meninos estudar na capital. Temos parentes por lá. Com certeza quebrarão nosso galho. Aqui eles não serão nada. Lá, estudando, eles se farão doutores. A gente mata as saudades nas férias.”

Meu amigo Antônio empalideceu e ficou a pensar dias e noites, remoendo sobre como seria ficar sem os três filhos. Dotado de grande sensibilidade para as coisas da vida, já intuía a perda definitiva dos filhos, fato que geralmente se segue a separações prolongadas. Isolda não desistia de sua idéia e insistia com o marido: “Antônio, esses meninos não podem ficar aqui. Quero que eles continuem estudando e progredindo. Aqui não tem futuro.”

Para Antônio era difícil decidir. Além de ficar longe dos filhos, que tanto amava, pensava no apoio que poderia vir, de seu único filho homem, para ajudá-lo nas tarefas do pequeno comércio, ou até mesmo tocando alguma plantação.

Isolda não queria nem ouvir falar nesta possibilidade. Presenciei, mais de uma vez, sua firme convicção, discutindo com o marido: “homem, tu não vês a minha dor? Tu bem sabes o quanto me dói ficar, também, distante dos meus filhos, sem dar amor, carinho e proteção. Mas não é só isso que eu quero para eles. Um dia, quando estiverem crescidos, irão entender e agradecer nossa decisão. Com certeza, vão compreender nosso gesto de amor. Vamos sofrer com a separação, mas o objetivo é mais importante: dar a eles educação e possibilidade de uma vida melhor do que a nossa.

Antônio concordou. Os meninos – como eram chamados – passaram a morar na casa de parentes, em Fotaleza. Minha amiga assumiu mais um encargo, que cumpria com muito prazer: ir, uma vez por mês, à capital, acompanhar o progresso dos filhos. Na realidade, o interior não era apenas limitado para os meninos. Depois de alguns anos, e a custa de nova investida confiante e insistente de Isolda ela e o marido, também, vieram morar em Fortaleza.

Durante um largo espaço de tempo perdi contato com meus amigos. Um dia resolvi fazer-lhes uma visita. Fui chegando e já Isolda vinha com os braços abertos e um generoso sorriso de boas vindas, contando notícias sobre o progresso dos filhos: “Amiga que prazer te ver. Tenho muitas novidades para te dizer. Meus filhos estão todos casados. E o melhor, todos se formaram. Elizabete concluiu o Padagógico, mas destinou-se ao comércio e ao campo da estética. Puxou aos pais.  Júnior estudou para advogado, se formou e vai indo muito bem. Luísa terminou a Faculdade de História e está na Secretaria de Educação do Estado. Enfim, todos seguiram seus caminhos. A renúncia foi grande, você bem conhece nossa história. Agora, amiga, me diga: de que posso reclamar da vida? Me realizei como mulher. Tenho um grande companheiro de jornada. Três filhos maravilhosos. Me sinto a melhor mãe do mundo e, principalmente, sinto ter realizado todos os meus sonhos. Se você não sabe, sou avó e estou confiante que meus netos terão melhores oporunidades.” Rimos muito, nos abraçamos e a conversa seguiu como nos velhos tempos.

                                                                  *********
Hoje, 09 de maio de 1999, estamos reunidos comemorando o Dia das Mães e, como em outras oportunidades, sempre me vem a lembrança desse exemplo de mulher companheira e mãe trabalhadora. Passando em revista a trajetória de Antônio e Isolda, é inevitável a alusão ao lugar comum: “Atrás de um homem bem sucedido existe sempre uma grande mulher”. Aliás, quando disse isso, ao Antônio, na presença de filhos e netos, ele concordou com a cabeça e dirigiu um olhar carinhoso de agradecimento para sua Isolda. Ela, simplesmente, sorriu. Estava muito feliz.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Reflexão


Ontem, neste mesmo precioso espaço, estive falando de amor, de declarar esse sentimento tão lindo às pessoas que você gosta.

Pois não é que, essa sugestão de verbalizar sentimento ficou ainda mais real ao longo do dia... Por morte de uma parente distante, tive que ir ao cemitério Parque de Paz. Lá, acontecia o velório e o sepultamento de uma família de cearenses que morreu num acidente de carro nas proximidades de Mossoró (RN).

Gente, quanta tristeza! Quatro pessoas de uma mesma família sendo veladas ao mesmo tempo, sendo uma delas, uma criança de pouco mais de um ano de idade!

Em momentos como este, a gente passa a refletir quão frágil é a vida e como deveremos vivê-la intensamente mas com responsabilidade.

Por isso, hoje reforço ainda mais minha sugestão de ontem:

Ame,
Declare seu amor às pessoas que você ama,
Pratique o bem

No final é isso que fica.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sobre o amor...

Para os americanos e a maioria dos países do mundo, hoje comemora-se o Dia dos Namorados.

É o tal do Valentine's Day.

Pra enaltecer e ratificar o amor, pode ser 14 de fevereiro, 12 de junho ou  qualquer dia do ano.
Lembre sempre de dizer às pessoas que você ama o quanto elas são importantes para você:
Aquela amiga de infância,
a mãe,
a avó que mora longe
e o (a) namorado (a), claro.
Se você é casado (a), mesmo que a rotina por muitas vezes te impeça de fazer declarações mais efusivas, todo dia é dia de demonstrar seu amor... Entre no clima e faça um teste. Aposto que as coisas melhorarão um bocado.

Para os mais tímidos, recomendo um cartãozinho, uma atitude diferente. Muitas vezes os gestos falam mais alto! Pense nisso...

Por isso hoje eu digo às pessoas que me são caras: Eu amo vocês!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pensar em coisas lindas...

Esses dias definitivamente não têm sido fáceis.
As noites parecem mais longas e os dias mais penosos...
Quando desanimo, tento elevar o pensamento e abstrair...
Aí, lembrei de uma música super legal do Oswaldo Montenegro que fala de coisas lindas.
De vez em quando gosto de ouvir porque ela faz aflorar pensamentos puros e esquecidos pelo tempo. Divido com vocês:



Pensar em Coisas Lindas - Oswaldo Montenegro

Quando anoitece no vale encantado,
Fica só um fiozinho de luz vermelha
Lá no horizonte.
E todas as crianças do mundo param pra ver o pôr do sol.
Ah, o deus das fadas fica tão triste se a gente deixa
De ver o pôr do sol!
A linha vermelha, puxa uma carruagem cheia de estrelas,
Onde está a deusas dos sonhos e seu pó mágico,
Que faz a gente sonhar coisas lindas...

Quando vocês estiverem tristes, pensem em coisas lindas:

Balas, travessuras, carinho, carrinho, beijo de mãe,
Brincadeira de queimado, árvore de natal,
Árvore de jabuticaba, céu amarelo, bolas azuis,
Risadas, colo de pai, história de avó...

Quando vocês forem grandes e acharem que a vida não é linda
Pensem em coisas lindas.
Mas pensem com força, com muita força,
Porque aí o céu vai ficar cheio de vacas gordas amarelas,
Cachorro bonzinho, bruxa simpática,
Sorvete de chocolate, caramelos e amigos
Vamos, vamos lá! vamos pensar só em coisas lindas!
Brincar na chuva, boneca nova, boneca velha, bola grande,
Mar verde, submarino amarelo, fruta molhada, banho de rio,
Guerra de travesseiro, boneco de areia, princesas,
Heróis, cavalos voadores...

Ih! já tá anoitecendo no vale encantado!
Dorme em paz, minha criança querida
Vamos pensar em coisas lindas até amanhecer



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Com saúde não se brinca

“O importante é ter saúde”.

Muita gente usa essa expressão como brincadeira, piada.

Mas não é que a coisa mais importante da vida é esta mesmo. E a gente só se dá conta quando algo vai errado. Basta uma virose, alergia ou qualquer coisa te incomodar para já vir a aflição. Falo por mim mesma. Confesso ser meio relapsa, mas basta um alerta para eu me “aperrear”.

Esses dias voltei a sofrer com a reincidência de alergia, coisa que me tira o sossego, o sono e a paz.

Por isso, caro (a) leitor (a), se você está bem de saúde, agradeça a Deus! Aposto que tem um monte de gente querendo estar bem e você nem se dá conta.

Cuide-se
Priorize-se
Ame-se
Fique em alerta
Vá ao médico
Faça exames periódicos
Arranje tempo pra você

E digo isso para mim mesma.

Conheço tanta gente que prometeu se cuidar quando já não tinha mais tempo. Nosso corpo não é máquina e precisa de cuidados especiais. Essa perfeita engrenagem, ao longo do tempo, nos dá sinais de que as coisas podem não estar tão bem. Aprendamos, pois, a decifrar esses alertas.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Exemplo


Você imagina um casamento durar 61 anos? Ainda mais muito bem vividos?

Pois hoje meus tios Safira (irmã da vovó Anatália) e Aparício comemoram as raras Bodas de Diamante!

Conversando com a mamãe sobre a data, ela ratificou que, ao longo desta dezena de anos, eles nunca brigaram. “São muito bem casados”, considerou.

Gente, sinceramente, é uma coisa linda de se ver! Por isso divido com vocês esta história.

Essa foto abaixo foi enviada pelo Tio Vianney (irmão da mamãe). Segundo ele, o momento registrou os 50 anos de casados dos “noivos” com os irmãos dela. Minha avó Anatália, linda e saudosa, é a que está sentada mais à direita. E os noivos, de branco, sentados na parte central da foto.

Família Abreu: os filhos da Dona Luizinha e do Sr. Sebastião.
Identificação, da esquerda para a direita:

Em pé:
Sebastião Ozanam, Regina, Raimundo (Sidrônio), Elisabeth (Bebeth), Rui, Amélia, Enéias, Francisca, José Noberto, Ricardo e Tobias.
  
Sentados
Pascoal, Aparício/Safira, Maria Luiza (Marica) e Anatália.

Dos irmãos da vovó ainda faltam na foto a tia Esmeralda e o tio Antônio.

Estas são minhas raízes, vindas de Maranguape.
Esta é a minha parte Abreu, que tanto me orgulho de pertencer.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Mais coisas do coração

Ainda na onda “coisas do coração”, compartilho com vocês mais um momento especial: o Abraão (meu irmão mais novo) ficou noivo neste sábado (22/01). A eleita é a Juliete, namorada linda dele há mais de cinco anos, nove meses e três dias (contagem dele até a data desta postagem). 

Dá pra ter uma ideia deste amor, né... Humpf.

Eles se conheceram no curso de História (UECE). Ainda lembro que ele chegou da aula dizendo que tinha uma menina na sala dele que era exatamente como ele sonhava: loirinha, de olhos claros. E não é que eles começaram a namorar e agora solidificam ainda mais esta união.

O Abraão é um menino muito romântico. Sonhou, planejou e realizou este noivado com muito carinho. Foram dias de planos para que saísse tudo perfeitinho. Falou com os pais antes e fez um bela surpresa pra ela. Levou-a onde começaram a namorar, no anfiteatro da Beira Mar, chamou-a para jantar e, ao chegar aqui em casa, estavam todos a espera do casal.

Foi uma noite muito feliz e cheia de emoção. Que esta seja a tônica da vida do casal. Felicidade aos noivos!






terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Coisas do coração

Histórias de amor sempre me emocionaram.

Não sei o que fala mais alto, se o lado mulher ou o canceriana. O fato é que sempre que alguém conta histórias de amor, é como se as palavras virassem cenas de um filme e eu pudesse visualizar cada passo.

Gosto de saber como casais que estão juntos há muito tempo se conheceram, como aconteceu o primeiro beijo, essas coisas bem de mulherzinha... Brega? Talvez. Romântica? Com certeza!

De todas as histórias de amor que já soube, que já vi em filmes e em livros, uma me marcou mais. Bem conhecida na sétima arte, o amor entre Robert Kincaid e Francesca Johnson veio a mim por um acaso. Minha irmã ganhou o livro e, numa tarde de sábado, sem nada pra fazer, resolvi lê-lo. Já tinha ouvido falar do filme, mas não tinha me interessado.

E não é que devorei o livro em poucas horas... E a história de amor entre o fotógrafo viajante e a típica dona de casa ficou para sempre em minha memória... Dias depois, ainda inebriada pela aquela nuvem de romance, vi o filme. Impressionante como os atores - Clint Eastwood e Meryl Streep – casaram perfeitamente com as personagens da história.

Esta é, para mim, a mais linda história de amor de que tenho conhecimento. Um amor real, maduro, que perdura anos, ultrapassa convenções, suporta a distância e dura uma vida.

De tanto que falei sobre a história, a Ju (minha irmã), encontrou o livro “Os Caminhos da Lembrança – De volta às Pontes de Madison”, do mesmo autor e me deu de presente de Natal. Ainda encantada com aquela história comovente, comecei a leitura. Mas acho que não estava preparada para lê-lo naquele momento. Comecei mas parei em seguida.

Hoje, anos depois, retomei a leitura. O segundo livro conta a vida de Robert e Francesca após a partida sofrida. O livro é um fechamento para a história, mas não tão encantador quanto o primeiro. O conforto fica em saber que os desencontros não foram determinantes para dar fim ao lindo amor dos dois.

Deixo aqui minha sugestão: se tiver a oportunidade, leia os livros e veja o filme. São histórias que certamente te farão pensar e refletir sobre o poder do amor. É antigo mas ainda emociona.

Os livros nas edições que eu li.


Um aperitivo para o filme (trailler)



A música que por décadas uniu Francesca e Robert:

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Coisa de cearense

Se você não é daqui, talvez não entenda. Mas se tem uma coisa que cearense dá valor é a chuva. Tempo nublado em qualquer outro lugar do mundo é hostilizado, aqui costumamos dizer que está “bonito pra chover”.

Aposto que você, caro (a) leitor (a), tem boas memórias de dias de chuva, banhos de bica e brincadeira na rua com muita água. Enquanto para uns a chuva é sinônimo de trânsito caótico, buracos nas ruas, goteiras e casas alagadas, para outros é sinal de fartura.

Eu sou daquelas que adora dormir ouvindo o barulho da chuva mas, confesso, ainda tenho medo de trovões (mesmo sabendo que o perigoso são os raios). Por ser cearense da gema, com pé lá em Maranguape, rendo-me: adoro chuva! Tanto que está aqui esta postagem em homenagem a ela.

Esses dias tenho sido agraciada com tantas precipitações na nossa capital. Teria vários motivos para criticar a falta de preparo da administração mas, como boa cearense, prefiro comemorar as chuvas.

Encontrei este vídeo que mostrou a tempestade que caiu na primeira semana de 2011. Alguém perdeu o sono, pegou uma câmera filmadora e eis o resultado:



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Admirável Marisa Letícia

Fazia tempo que era pra escrever sobre este assunto, pois era algo que me chamava muito atenção. A forma como dona Marisa Letícia e o agora ex-presidente Lula mantiveram firme a união do casal. Realmente, não é pra qualquer um. O carinho de ambos é visível! Diria até inspirador...

Esses dias, três motivos me pensar em trazer o tema para cá: vi na revista Caras uma seleção de imagens belíssima que mostra momentos deste casal tão admirável. O outro fato foi perceber o carinho como Dona Marisa cuidava de Lula no dia da transmissão de cargo em Brasília. Eram afagos explícitos de quem realmente se importa com o outro. O ajeitar de cabelo e enxugar o suor pareciam alcançar o coração de um guerreiro que pedia colo. O terceiro motivo foi um artigo da colunista social Hildegard Angel que recebi via email. Nele, a filha da estilista Zuzu Angel fala sobre a postura de Dona Marisa ao longo da jornada de Lula presidente. Fala também da imprensa “metida a chique” que tentou judar dona Marisa e como buscava comparações com primeiras damas anteriores. Publico a seguir na íntegra. Sinceramente, tornei-me fã de dona Marisa. Tenho certeza de que muito do Lulinha Paz e Amor vem desta companheira.

Marisa Letícia Lula da Silva, palavras que precisavam ser ditas

Foram oito anos de bombardeio intenso, tiroteio de deboches, ofensas de todo jeito, ridicularia, referências mordazes, críticas cruéis, calúnias até. E sem o conforto das contrapartidas. Jamais foi chamada de “a Cara” por ninguém, nem teve a imprensa internacional a lhe tecer elogios, muito menos admiradores políticos e partidários fizeram sua defesa. À “companheira” número 1 da República, muito osso, afagos poucos.

Dirão os de sempre, e as mordomias? As facilidades? O vidão? E eu rebaterei: E o fim da privacidade? A imprensa sempre de olho, botando lente de aumento pra encontrar defeito? E as hostilidades públicas? E as desfeitas? E a maneira desrespeitosa com que foi constantemente tratada, sem a menor cerimônia, por grande parte da mídia? Arremedando-a, desfeiteando-a, diminuindo-a? E as frequentes provas de desconfiança, daqui e dali? E – pior de tudo – os boatos infundados e maldosos, com o fim exclusivo e único de desagregar o casal, a família?

Ah, meus queridos, Marisa Letícia Lula da Silva precisou ter coragem e estômago para suportar esses oito anos de maledicências e ataques. E ela teve. Começaram criticando-a por estar sempre ao lado do marido nas solenidades. Como se acompanhar o parceiro não fosse o papel tradicional da mulher mãe de família em nossa sociedade.

Depois, implicaram com o silêncio dela, a “mudez”, a maneira quieta de ser. Na verdade, uma prova mais do que evidente de sua sabedoria. Falar o quê, quando, todos sabem, primeira-dama não é cargo, não é emprego, não é profissão?

Ah, mas tudo que “eles” queriam era ver dona Marisa Letícia se atrapalhar com as palavras para, mais uma vez, com aquela crueldade venenosa que lhes é peculiar, compará-la à antecessora, Ruth Cardoso, com seu colar pomposo de doutorados e mestrados.

Agora, me digam, quantas mulheres neste grande e pujante país podem se vangloriar de ter um doutorado? Assim como, por outro lado, não são tantas as mulheres no Brasil que conseguem manter em harmonia uma família discreta e reservada, como tem Marisa Letícia.

E não são também em grande número aquelas que contam, durante e depois de tantos anos de casamento, com o respeito implícito e explícito do marido, as boas ausências sempre feitas por Luís Inácio Lula da Silva a ela, o carinho frequentemente manifestado por ele. E isso não é um mérito? Não é um exemplo bom? Passemos agora às desfeitas ao que, no entanto, eu considero o mérito mais relevante de nossa ex-primeira-dama: a brasilidade.

Foi um apedrejamento sem trégua, quando Marisa Letícia, ao lado do marido presidente, decidiu abrir a Granja do Torto para as festas juninas. A mais singela de nossas festas populares, aquela com Brasil nas veias, celebrando os santos de nossas preferências, nossa culinária, os jogos e brincadeiras. Prestigiando o povo brasileiro no que tem de melhor: a simplicidade sábia dos Jecas Tatus, a convivência fraterna, o riso solto, a ingenuidade bonita da vida rural. Fizeram chacota por Lula colar bandeirinhas com dona Marisa, como se a cumplicidade do casal lhes causasse desconforto.

Imprensa colonizada e tola, metida a chique. Fazem lembrar “emergentes” metidos a sebo que jamais poderiam entender a beleza de um pau de sebo “arrodeado” de fitinhas coloridas. Jornalistas mais criteriosos saberiam que a devoção de Marisa pelo Santo Antônio, levado pelo presidente em estandarte nas procissões, não é aprendida, nem inventada. É legitimidade pura. Filha de um Antônio (Antônio João Casa), de família de agricultores italianos imigrantes, lombardos lá de Bérgamo, Marisa até os cinco de idade viveu num sítio com os dez irmãos, onde o avô paterno, Giovanni Casa, devotíssimo, construiu uma capela de Santo Antônio. Até hoje ela existe, está lá pra quem quiser conferir, no bairro que leva o nome da família de Marisa, Bairro dos Casa, onde antes foi o sítio de suas raízes, na periferia de São Bernardo do Campo. Os Casa, de Marisa Letícia, meus amores, foram tão imigrantes quanto os Matarazzo e outros tantos, que ajudaram a construir o Brasil.

Outro traço brasileiro dela, que acho lindo, é o prestígio às cores nacionais, sempre reverenciadas em suas roupas no Dia da Pátria. Obras de costureiros nossos, nomes brasileiros, sem os abstracionismos fashion de quem gosta de copiar a moda estrangeira. Eram os coletes de crochê, os bordados artesanais, as rendas nossas de cada dia. Isso sim é ser chique, o resto é conversa fiada.

No poder, ao lado do marido, ela claramente se empenhou em fazer bonito nas viagens, nas visitas oficiais, nas cerimônias protocolares. Qualquer olhar atento percebe que, a partir do momento em que se vestir bem passou a ser uma preocupação, Marisa Letícia evoluiu a cada dia, refinou-se, depurou o gosto, dando um olé geral em sua última aparição como primeira-dama do Brasil, na cerimônia de sábado passado, no Palácio do Planalto, quando, desculpem-me as demais, era seguramente a presença feminina mais elegante. Evoluiu no corte do cabelo, no penteado, na maquiagem e, até, nos tão criticados reparos estéticos, que a fizeram mais jovem e bonita.

Atire a primeira pedra a mulher que, em posição de grande visibilidade, não fez uma plástica, não deu uma puxadinha leve, não aplicou uma injeçãozinha básica de botox, mesmo que light, ou não recorreu aos cremes noturnos. Ora essa, façam-me o favor! Cobraram de Marisa Letícia um “trabalho social nacional”, um projeto amplo nos moldes do Comunidade Solidária de Ruth Cardoso. Pura malícia de quem queria vê-la cair na armadilha e se enrascar numa das mais difíceis, delicadas e técnicas esferas de atuação: a área social.

Inteligente, Marisa Letícia dedicou-se ao que ela sempre melhor soube fazer: ser esteio do marido, ser seu regaço, seu sossego. Escutá-lo e, se necessário, opinar. Transmitir-lhe confiança e firmeza. E isso, segundo declarações dadas por ele, ela sempre fez. Foi quem saiu às ruas em passeata, mobilizando centenas de mulheres, quando os maridos delas, sindicalistas, estavam na prisão. Foi quem costurou a primeira bandeira do PT. E, corajosa, arriscou a pele, franqueando sua casa às reuniões dos metalúrgicos, quando a ditadura proibiu os sindicatos. Foi companheira, foi amiga e leal ao marido o tempo todo.

Foi amável e cordial com todos que dela se aproximaram. Não há um único relato de episódio de arrogância ou desfeita feita por ela a alguém, como primeira-dama do país. A dona de casa que cuida do jardim, planta horta, se preocupa com a dieta do maridão e protege a família formou e forma, com Lula, um verdadeiro casal. Daqueles que, infelizmente, cada vez mais escasseiam. Este é o meu reconhecimento ao papel muito bem desempenhado por Marisa Letícia Lula da Silva nesses oito anos.

Tivesse dito tudo isso antes, eu seria chamada de bajuladora. Esperei-a deixar o poder para lhe fazer a Justiça que merece.

*Hidegard Angel é colunista social no Rio de Janeiro, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do ex-militante político Stuart Angel Jones; trabalhou como atriz no cinema e na televisão na década de 1970, dedicou-se ao colunismo social no jornal O Globo e desde 2003 no Jornal do Brasil.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

As 50 melhores frases de Lula

Ando meio ausente daqui por vários motivos. Para não deixar você tão abandonado, querido blog, deixo aqui a contribuição legal que vi no Blog do Prof Evaldo e achei muito legal.

As 50 melhores frases de Lula:



Crises

1 - "Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar" - Em 4 de outubro de 2008, ao comentar os efeitos da crise financeira no país.
2 - "É uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise parecia que sabia tudo e que, agora, demonstra não saber nada" - Em 2009, ao premier britânico, Gordon Brown.
3 - "Crise? Que crise? Pergunta para o Bush" - Em 16 de setembro de 2008, sobre a crise financeira mundial.
4 - "O caos aéreo é como uma metástase. A gente acha que está tudo bem, mas só descobre que o problema é bem maior quando ele (o câncer) surge" - Em agosto de 2007.
5 - "Um dia acordei invocado e liguei para o Bush" - Num discurso para lideranças do PTB, em abril de 2004.

Mensalão

6 - "Não interessa se foi A, B ou C, todo o episódio foi como uma facada nas minhas costas" - Em janeiro de 2006, sobre o episódio do escândalo do mensalão.
7 - "Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento" - Em agosto de 2005, sobre o escândalo de mensalão, após o depoimento de Duda Mendonça na CPI dos Correios.

Polêmicas

8 - "A polícia só bate em quem tem que bater" - Em discurso em outubro de 2010.
9 - "Uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele" - Em janeiro de 2010.
10 - "São privilegiados aqueles que podem pagar Imposto de Renda, porque ganham um pouco mais" - Em discurso a metalúrgicos do ABC que cobravam mudança na tabela do Imposto de Renda, em maio de 2004.

Provocando risadas

11 - "Beliscão dói para cacete" - Em discurso na assinatura de projeto de punição de maus-tratos a filhos, em julho de 2010.
12 - "Resolveram fazer um estudo para saber se a perereca estava em extinção. Aí teve que contratar gente para procurar perereca, e procure perereca, procure perereca, perereca, perereca..." - Em maio de 2009, ao eleger o bichinho como inimigo do desenvolvimento; por causa dele, houve atraso de sete meses na construção de viaduto entre Brasil e Argentina.
13 - "Você (como médico) diria ao paciente: 'Meu sifu'?" - Em discurso para artistas em dezembro de 2008, no Rio, alegando que sempre tem que ser otimista.
14 - "Eu sei o que é greve de fome. Dá uma fome danada" - Em 2006, ao comentar a greve de fome de dom Luiz Capio em protesto contra as obras de transposição do Rio São Francisco.
15 - "Se você um dia for presidente da República, vai ver como é bom uma medida provisória", respondendo ao então presidente do Senado, Renan Calheiros, em 2006.
16 - "Tem que fazer uma reza profunda para que a gente deixe o otimismo (sic) no banheiro, dê descarga nele logo cedo e saia pensando em coisas boas" - Em discurso em outubro de 2005, no Rio, para agentes de viagem, referindo-se ao pessimismo.
17 - "Política é olho no olho. É, como diria o povo brasileiro, tête à tête" - Na Nigéria, em abril de 2005.

Aliados

18 - "Nunca fiz concessão política. Faço acordo... Se Jesus viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria que chamar Judas para fazer coalizão - Em 2009, ao ser questionado sobre suas relações com aliados como José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros.
19 - "Mexer no Palocci é a mesma coisa que pedir para o Barcelona tirar o Ronaldinho" - Em novembro de 2005.
20 - "Eu e Palocci somos unha e carne. Tenho total confiança nele" - Durante a primeira entrevista coletiva como presidente, em maio de 2005.
21 - "É o capitão do time. Aquele que pode reclamar do juiz sem ser expulso de campo" - Sobre José Dirceu, na conversa com jornalistas, em fevereiro de 2004.

Saída da Presidência

22 - "Não estou saudoso coisíssima nenhuma. Quando entrei aqui, sabia que tinha data para entrar e para sair. Portanto, é que nem contrato de aluguel: no dia 31, tenho que dar o fora" - Em novembro de 2010, ao falar sobre a saída da Presidência.
23 - "Está certo que a gente está no fim do mandato, mas você poderia, junto com essa lei complementar, ter mandado uma emendinha para mais alguns anos de mandato... Não mandou, então fica..." - Ao falar sobre a lei complementar que reestrutura a área de Defesa, em agosto de 2010.
24 - "No ano que vem, estarei livre para andar por este país. Vou continuar fazendo política pelo Brasil, mas não vou dar pitaco no novo governo, porque eu quero que eles digam que nunca antes na história deste país um ex-presidente foi tão ex-presidente" - Em maio de 2010, durante encontro com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag).
25 - "Se um dia vocês chegarem à Presidência da República vão perceber que esse é o ápice de um ser humano. Não tem nada além disso" - Em abril de 2007.
Campanha e Dilma
26 - "Ontem venderam o dia inteiro que esse homem tinha sido agredido, e o que vocês assistiram foi uma mentira mais grave que a do goleiro Rojas" - Em outubro de 2010, ao falar sobre o episódio em que José Serra (PSDB) foi atingido por uma bolinha de papel em evento de campanha no Rio.
27 - "Muita gente acha que a Dilma é dura. Nem todo mundo é obrigado a ficar se arreganhando para todo mundo. A Dilma é o que ela é" - Em abril de 2010.

Críticas à imprensa

28 - "O povo pobre não precisa mais de formador de opinião. Nós somos a opinião pública" - Mais uma crítica à imprensa, em setembro de 2010.
29 - "Notícia é o que a gente quer esconder; o resto é propaganda" - Em abril de 2010.
30 - "Quero saber se o povo está na merda, e eu quero tirar o povo da merda em que se encontra" - Em maio de 2009, ao garantir no Maranhão que suas obras de saneamento serão maiores que as dos governos anteriores.
Economia
31 - "Você não acha muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI? E eu, que passei parte da minha juventude carregando faixa em São Paulo: 'Fora FMI'?" - Em abril de 2009.
32 - "O resultado (da economia) este ano não será uma Brastemp" - Em agosto de 2005.
33 - "Na época em que o Copom se reúne tem pessoas que entram em TPC, tensão pré-Copom" - Em setembro de 2004, sobre os juros.
34 - "A China é um shopping de oportunidades" - Durante visita a Pequim, em maio de 2004.

Sexo e Playboy

35 - "Desde que virei adulto, não vejo mais a Playboy" - Sobre o ensaio de Mônica Veloso, pivô da crise com Renan Calheiros, em outubro de 2007.
36 - "Sexo é uma coisa que quase todo mundo gosta e é uma necessidade orgânica" - Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no Rio, em marco de 2007.
37 - "Sexo tem que ser feito e ensinado como fazer" - Lula no mesmo discurso.

Oposição

38 - "Quem esperar que eu vá ficar sentadinho em Brasília pode tirar o cavalo da chuva, porque vamos inaugurar obra este ano. Tem gente que vai ficar doida de raiva, mas nós vamos" - Em fevereiro de 2010, em mais uma crítica à oposição.
39 - "Sou que nem massa de bolo. Quanto mais batem, mais cresço" - Em maio de 2006, respondendo as críticas que recebe.
40 - "Quatro anos, para quem está governando, é muito pouco, mas para quem está na oposição quatro anos é uma eternidade" - Na capital do Amapá, em dezembro de 2005.
41 - "Tem muita gente torcendo contra, como ex-marido que não quer que a mulher seja feliz com outro" - Em dezembro de 2004, em resposta a Fernando Henrique Cardoso. Na véspera, o ex-presidente dissera "Se o governo é incompetente, e ele é incompetente, denunciar incompetência não é ofensa".
42 - "Você tem um amigo aqui" - Frase dita a FH, ao chegar no topo da rampa no dia da posse, em janeiro de 2003.
Uísque e cerveja
43 - "O dia que o mundo experimentar a boa cachaça brasileira, o uísque vai perder mercado" - Na Jamaica, em agosto de 2007.
44 - "Não poso de santo. Nunca fui candidato a santo. Fumar, eu fumo. Já tomei um copo de cerveja. Agora, dizer o que ele disse, é porque ele não me conhece" - Sobre o correspondente do The New York Times, Larry Rohter, em maio de 2004.
45 - "Vou continuar tomando meu uisquezinho na frente de fotógrafos. Nada fiz de errado" - Em maio de 2004.

Promessas

46 - "Quero saber se o povo está na merda, e eu quero tirar o povo da merda em que se encontra" - Em maio de 2009, ao garantir no Maranhão que suas obras de saneamento serão maiores que as dos governos anteriores.
47 - "O Brasil realizará uma Copa para argentino nenhum botar defeito" - Em novembro de 2007.

Ego e metáforas

48 - "Acabar com a fome é uma questão de tempo. Pouco tempo" - Ao abrir a Expo Fome Zero, em São Paulo, em fevereiro de 2004.
49 - "Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo... Tem hora que ocupo, sozinho, três bancos com o ego" - Em abril de 2010.
50 - "A dor da escravidão é como a de cálculo renal: não adianta dizer, tem que sentir" - Em abril de 2005, no Senegal, ao pedir perdão, em nome dos brasileiros, por um erro histórico cometido.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Mais que mil palavras

Este 1o de janeiro de 2011 veio carregado de emoções. Além de renovada a esperança de dias melhores, assisti, como se diz, "de cabo a rabo", a posse da Presidenta Dilma Rousseff. Muitos foram os momentos de emoção afinal, uma mulher, ex-guerrilheira, receber a faixa presidencial de um torneiro mecânico, não é todo dia qee acontece.

Mas, sem dúvidas, o momento mais aguardado por mim e creio que por milhares de brasileiros, era acompanhar os minutos finais de Lula como Presidente da República. E ele realmente encheu os nossos corações de emoção e, diria até, os olhos de lágrimas. 



“Saio da Presidência e o legado mais importante que eu quero deixar 
é que vocês podem chegar lá. Eu cheguei e vocês podem"