segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Dona Luiza, uma grande mulher!


Saudade desse olhar...
 Há quem diga que o Jornalismo é uma profissão glamourosa. Eu discordo! Para mim, é uma como outra qualquer. Talvez a diferença esteja nas oportunidades que ela te oferece. Dificilmente há rotina, além de você ter a chance de conhecer muitas pessoas e diversas histórias.

E foi numa dessas que conheci Dona Luiza. Uma perfeita combinação de doçura e força. Dona Luiza era mãe do guerrilheiro Bergson Gurjão Farias, assassinado brutalmente durante a Guerrilha do Araguaia. Por quase 40 anos ela manteve firme a esperança de reencontrar o filho, vivo ou morto.

37 anos depois de sua partida misteriosa, Bergson foi identificado e seus restos mortais foram sepultados no Ceará, com honras de Estado, “junto com o pai dele, o Gessiner”, fazia questão de ratificar. Ministros, parlamentares, amigos prestigiaram o dia histórico e as homenagens que a família de Bergson recebeu foram emocionantes.

Quem me conhece bem sabe do meu carinho por velhinhos (as)... Dona Luiza foi amor a primeira vista! Já no primeiro encontro, pedi abraço, tivemos longas conversas e retribuição de carinho. Foram muitos os momentos em que nos encontramos depois daquela primeira entrevista. E sempre ela me recebia extremamente amável. Passei a ligar pra ela quase toda semana e a resposta era sempre carinhosa. Dona Luiza, a senhora sabe quem está falando? E ela respondia: É a Carol, né?

Há um ano Dona Luiza nos deixou. Mas seu legado ficou no coração das pessoas que tiveram o privilégio de conviver com essa mulher lutadora, guerreira, persistente, doce, alegre, ativa, cheia de esperança, exemplo.

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